quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Artigo- Opinião

Basílio C. Branco
Por: Basílio Castelo Branco




E agora José!!! – Cadê os Empreendedores Internos?

Lembram dos bons tempos, isso não é para os mais jovens (décadas atrás), economia em crescimento constante, investimentos um atrás do outro, pessoas sendo preparadas para assumirem posições cada vez mais desafiadoras, tudo isso com certa calma, entremeado de alguns sustos (as várias crises) e novidades de gestão que vinham uma após a outra e não tudo de uma vez como hoje.


Estou lembrando tudo isso para falar de uma figura muito requisitada na época, até por que era novidade, o Entrepeneurship ou Empreendedor Interno. Programas fomentavam seu surgimento internamente, Projetos de Planejamento de Recursos Humanos contavam com eles para alcançar seus objetivos, tudo isso com certa, mas não muita pressa.


Passando para os dias atuais pergunto:
Temos esse pessoal disponível hoje nas empresas?

Você acha que ainda vai dar tempo para preparar alguém internamente para o próximo crescimento ou vamos improvisar? Coloca lá e vejamos que bicho dá?


Ou é melhor pegar alguém de fora? De fora aonde? No concorrente? E onde você acha que o concorrente vai buscar os dele?



A escassez de mão de obra não vai nivelar por baixo as novas contratações? Ou vai inflacionar as posições mais importantes?

Os Empreendedores Internos que estão faltando estão aonde? Como garimpar esses caras?

Respondendo as perguntas anteriores, ainda acho que dá para começar a fazer algo a respeito, não que vá resolver completamente, acho difícil, não dá mais tempo, mas pelo menos vai minimizar as situações de crescimento que vamos participar.

Que projetos e programas podem imediatamente serem implementados para assegurar que seus melhores colaboradores, principalmente aqueles com perfil de empreendedor permaneçam e tenham as condições de crescer com você?

Estou falando isso para a grande, a média e a pequena empresa, para a indústria o comércio e os serviços, dou ênfase as prestadoras de serviços que sabem que podem comprar a tecnologia que quiserem, mas sem gente não tem como crescer.

Pelo sim, pelo não, brinco que no Rio já falta mão de obra desqualificada, que o digam determinadas organizações que hoje pagam para formar profissionais e não conseguem quem se inscreva, empreendedores internos então, já são joias raras. E no resto do País? Como vai ser até 2016 na sua praia?

Acrescento um fecho sugerido por meu amigo Fred Caruso, citando algumas colocações de Paul Nunes em seu artigo na edição de janeiro/fevereiro de 2011 da HBR.

Nome do artigo: "Reinvent Your Business Before it's Too Late" (Reinvente Seu Negócio Antes Que Seja Muito Tarde).

Em certo momento o autor diz: "... empresas de alta performance precisam de pessoas que chegam e sobem (up-and-comer) e que possam fazer crescer novos negócios e não somente gerenciar os antigos" e arremata; "...um sinal de que a empresa está investindo suficientemente em talento é: empregados com tempo para pensar sobre o trabalho".

Boa reflexão.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Canal Espaço Aberto- Como Trabalhar em equipe


Consultora de Inglês e Coach  Angela Graciela é entrevistada pela jornalista Rosana Freitas na Rádio RH. O tema do programa Business Talk que foi ao ar dia 17 de dezembro é Trabalho em equipe. Confira trechos da entrevista:
Rosana Freitas e Angela Graciela no estúdio da Rádio RH

Rosana Freitas: Como tirar o máximo de uma equipe?

Angela Graciela: “Hoje em dia é muito difícil trabalhar em equipe. O que é uma equipe? Às vezes a gente acha que  estar todo mundo junto em um local, já é uma  equipe. Na verdade isso é um grupo. Equipe vem da palavra team, time de futebol, equipe mesmo. Em um time de futebol você tem onze jogadores e só se forma um time de verdade quando se sabe o que fazer, quando se tem um líder... A equipe precisa ter uma liderança e alinhar o pessoal de acordo com a Visão e Missão da empresa e não do líder. Uma pessoa que lidera uma equipe deve estar alinhada ao que a empresa precisa, ao que a empresa quer. Saber alinhar um grupo e formar uma equipe é o desafio de líder...”

Rosana Freitas: O líder não pode ser amigo, ele tem que ser só o líder?

 Angela Graciela: “Depende da postura do líder, quem confunde isso são as pessoas. Às vezes o próprio líder que ser mais amigo da pessoa mas essa não percebe o que é profissional e o que é o pessoal. A crise do momento é o profissional, as pessoas não sabem ser profissionais. O líder fala uma coisa mais forte para o colaborador e ele não entende já acha que "pronto não gosta de mim."... Falta maturidade profissional, o líder precisa ser amigo, mas desde que não atrapalhe o profissional. O verdadeiro líder não precisa estar junto o tempo toda da pessoa, pois sabe separar o pessoal do profissional...”

Rosana Freitas: O que é uma equipe de sucesso?

Angela Graciela: “Aquela que esta alinhada com a Missão e Visão da empresa, uma equipe que saiba caminhar junto com o outro.
Vamos falar de ser humano, vamos para o mundo geral corporativo. O ser humano quando um chefe elogia o outro, o que acontece? Às vezes outra pessoa pode ter inveja e não queira colaborar com a equipe simplesmente por esse melindre de achar que dá a ideia para a outra pessoa e o chefe vai erogiá-la. Esse é o colaborador que pensa individualmente."

Rosana Freitas: A disputa dentro de uma equipe não é saudável?

Angela Graciela: “Se há disputa, já não é equipe. Quando eu estou focado em algo que a empresa quer, se estou motivada com a empresa, vou trabalhar de tal maneira que todo mundo sabe o que eu estou fazendo. Vou compartilhar minhas informações, vou querer que o outro saiba. Vou pensar no bem comum...”

Rosana Freitas:  Angela, se o líder conseguiu formar uma equipe, deixou de ser grupo. Um colaborador dessa equipe começa a colocar o foco para o lado negativo e move a equipe para uma situação que não é o objetivo da empresa. Como lidar com isso?

Angela Graciela: Devemos jogar claro. Se a pessoa atrapalha todo mundo, às vezes ela quer sobressair... Como administrar isso? É jogar claramente: ou você se alinha com nossa empresa, ou a gente vai trocar você de setor ou tirá-lo da empresa. Sabe por quê? Quanto mais claro você for, ela vai querer mudar se não quiser sair da empresa... Se ela não mudar, quiser ser outro líder ( para o mal), infelizmente essa pessoa tem que sair... Não pode deixar muito tempo senão a pessoa estraga, tem que ser ágil. O brasileiro mantém muito tempo, às vezes meses e perturba a equipe toda... Quando brigam entre eles a gente tira o foco do trabalho.


Rosana Freitas: Angela o que o colaborador pode aprender com o trabalho em equipe?

Angela Graciela: “Se você não quer aprender com os outros você não trabalha em equipe e não pode trabalhar em uma empresa. As mesas das empresas agora colocam todos para trabalharem juntos. Por que isso mudou? Para você compartilhar seu próprio trabalho com a pessoa. Todos os móveis hoje não tem essa barreira física. Quando precisa de privacidade a empresa deve ter salas para esse fim, mas no trabalho do dia a dia você precisa desse contato com o outro e ver como a pessoa reage, mesmo  se pressionada, assim você aprende não só com o trabalho do outro, mas com as reações que ele tem diante de situações de conflitos por exemplo..."